Alcolumbre ainda aguarda contato de Lula e, a interlocutores, nega 'guerra pessoal' com o presidente
Motta e Alcolumbre não vão a evento de sanção de lei sobre o Imposto de Renda no Planalto
Em conversas com senadores mais próximos, o senador e presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), tem sido enfático em afirmar que "não tem guerra pessoal com o presidente Lula".
Por esse relato, ele demonstra incômodo com um setor do PT que tem estimulado esse "clima de conflito" entre o presidente do Senado e Lula.
Como antecipou o blog, Alcolumbre tem demonstrado que sua contrariedade vem do fato de não ter sido avisado por Lula sobre a indicação Jorge Messias para a vaga aberta por com a aposentadoria de Luiz Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre defendia o nome do senador e aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Alcolumbre também argumenta que não recebeu nenhum telefonema do presidente nem do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), na quinta-feira (20) da semana passada, quando houve a indicação. Alcolumbre diz que ficou sabendo da decisão pela imprensa.
Nesta sexta-feira (28), Alcolumbre ficou em Brasília e, até a última atualização deste post, não havia recebido nenhum contato do Palácio do Planalto para marcar um encontro com Lula. Articualdores polítcos do governo informaram ao blog que Lula vai procurar o presidente do Senado nos próximos dias.
Há o reconhecimento no Planalto que ainda não há os 41 votos para aprovação do nome de Messias. E que o próprio presidente Lula terá que entrar no corpo a corpo para reverter o risco dessa votação.
Nas conversas nesta sexta, Alcolumbre também negou que tenha feito uma provocação ao fazer um gesto ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que sentou ao seu lado na sessão do Congresso que derrubou os vetos de Lula ao texto do novo licenciamento ambiental.
"Como não vou citar o presidente da Câmara, que tinha chegado ao plenário? Isso não foi uma provocação", desabafou Alcolumbre a senadores.
Segundo relatos, o presidente do Congresso fez um gesto ao governo e pediu para os vetos serem votados apenas depois da COP 30, em Belém, que terminou na semana passada. A pauta já estava pronta para ser votada bem antes, e havia maioria para votar, por pressão, inclusive da bancada ruralista.FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2025/11/28/alcolumbre-ainda-aguarda-contato-de-lula-e-a-interlocutores-nega-guerra-pessoal-com-o-presidente.ghtml
