Banco Central apresenta ao TCU histórico da crise financeira do Banco Master

  • 29/12/2025
(Foto: Reprodução)
Caso Master: Toffoli muda decisão e PF vai determinar amanhã se haverá ou não acareação O Banco Central apresentou nesta segunda-feira (29) para o Tribunal de Contas da União esclarecimentos sobre a liquidação do Banco Master. O TCU cobrou explicações no dia 18 de dezembro e deu prazo até esta segunda-feira (29). O ministro Jonathan de Jesus atendeu a um pedido do Ministério Público no TCU e da liderança da minoria na Câmara dos Deputados. Na decisão, o ministro afirmou que pode ter havido precipitação do Banco Central na adoção da liquidação e que poderiam ter sido consideradas soluções menos gravosas. A legislação estabelece que o Banco Central tem competência exclusiva para liquidações de instituições financeiras e não há registro de outras interferências do TCU em casos similares. A liquidação extrajudicial do Master foi decretada no dia 18 de novembro pelo Banco Central, um dia depois de a Polícia Federal deflagrar a operação que prendeu o controlador do grupo, Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude. O Master era conhecido por atrair investidores com oferta de rendimentos muito acima da média do mercado. Segundo a investigação da PF, o Master não tinha dinheiro em caixa para honrar os compromissos. Comprou créditos - sem realizar qualquer pagamento - de uma empresa chamada Tirreno. E, em seguida, revendeu esses mesmos créditos ao Banco de Brasília, que pagou cerca de R$ 12 bilhões pelo negócio. Na resposta ao TCU, o Banco Central fez um histórico de toda a situação financeira do Banco Master. Informou que começou a acompanhar o conglomerado mais de perto a partir de 2019, após um forte crescimento de negócios atípicos; que, em 2024, verificou que o Master apresentou risco de liquidez, com dificuldade para honrar saques e falhas no recolhimento do depósito compulsório. O documento também apontou irregularidades em negociações com o Banco de Brasília, em carteiras de crédito, que segundo o Banco Central foram usadas para esconder a real situação financeira do Master, além de operações suspeitas e sem comprovação. E que, por isso, negou a operação de compra do Master pelo BRB. O Banco Central afirmou ainda que comunicou o Ministério Público sobre as fraudes com carteiras de crédito, com indícios de desvio de dinheiro e gestão fraudulenta, em operações de R$ 11,5 bilhões. E que tentou, sem sucesso, outras soluções para o Master, como a redução gradual das atividades. Mas que, diante da crise aguda de liquidez, considerou que a liquidação decretada era medida indispensável para proteger o sistema financeiro e a poupança popular. Tanto a decisão de não autorizar a compra do Master pelo BRB quanto a decretação da liquidação foram decisões unânimes da diretoria do Banco Central, com votos de todos os integrantes, inclusive o do presidente do BC, Gabriel Galípolo. Banco Central apresenta ao TCU histórico da crise financeira do Banco Master Jornal Nacional/ Reprodução Agora, o BC se dedica à acareação marcada para esta terça-feira (30) pelo ministro do Supremo Dias Toffoli. Ele é o relator do inquérito que investiga fraudes financeiras envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília. Desde o início de dezembro, o caso tramita em sigilo no Supremo por determinação de Toffoli. No dia 24 de dezembro, ele decidiu, por conta própria, sem um pedido da Polícia Federal ou outra instituição, marcar uma acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa - os dois investigados por fraude - e o diretor de fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o próprio Banco Central pediram para que a acareação fosse suspensa, alegando que nenhum depoimento tinha sido tomado. Toffoli negou os dois pedidos. Na noite desta segunda-feira (29), o STF - Supremo Tribunal Federal divulgou uma nota sobre o caso do Banco Master. O tribunal explicou o seguinte sobre terça-feira (30): a partir das 14h, a delegada da Polícia Federal Janaina Palazzo vai colher os depoimentos do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, do ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. Depois disso, a delegada é quem vai decidir se a acareação vai mesmo acontecer - uma mudança na expectativa dos participantes. Tudo será acompanhado por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Dias Toffoli e também por um membro do Ministério Público. Sobre o formato: ainda não foi informado se os envolvidos serão ouvidos por videoconferência ou presencialmente. LEIA TAMBÉM Toffoli rejeita recurso e mantém acareação entre diretor do BC, ex-presidente do BRB e dono do banco Master Ana Flor: Entidades do setor financeiro divulgam nota em defesa do BC no caso Master

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/29/banco-central-apresenta-ao-tcu-historico-da-crise-financeira-do-banco-master.ghtml


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