Boulos evita atacar Motta, mas diz que pautar PL da Dosimetria foi 'erro grave': 'Câmara de costas para o povo'

  • 12/12/2025
(Foto: Reprodução)
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou nesta sexta-feira (12) que o presidente da Câmara, Hugo Motta, cometeu um "erro grave" ao pautar o PL da Dosimetria e que Motta "coloca a Câmara de costas para o povo brasileiro". O ministro deu a declaração durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Na quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou durante a madrugada o texto que prevê a redução das penas dos condenados pela trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. Horas antes, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da Mesa Diretora depois de ocupar por duas horas a cadeira da presidência em protesto a sua possível cassação. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Em decisão inédita, a Câmara cortou sinal da TV e impediu a imprensa de acompanhar o tumulto no plenário. Jornalistas foram agredidos na ocasião por policiais legislativos. Questionado sobre se concorda com o posicionamento do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), de que Motta está perdendo condições de comandar a Casa, Boulos evitou fazer um ataque mais duro sobre a atuação do presidente da Câmara. "Ter pautado e ter trabalhado pela aprovação [do PL da Dosimetria] é um erro grave e no mesmo dia que tivemos uma cena lamentável no plenário da Câmara que foram jornalistas sendo agredidos, parlamentares sendo agredidos, sendo que há pouco tempo deputados bolsonaristas ficaram naquela mesa por dois dias e foram tratados a pão de ló", disse Boulos. "É inaceitável a maneira como tem sido conduzida essas questões seja nos dois pesos e duas medidas com deputado Glauber e bolsonaristas, seja passar madrugada votando dosimetria, sem colocar em pauta grandes questões do povo. É um erro grave e coloca a Câmara de costas para o povo brasileiro", completou o ministro. Nesta semana, Motta também foi alvo de críticas de seu principal fiador no cargo de presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Motta saiu derrotado da tentativa de cassar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de agredir um manifestante na Câmara. O presidente pautou a votação do parecer que recomendava a cassação, mas o Plenário aprovou apenas a suspensão. Lira demonstrou grande irritação com a pena alternativa aprovada pela Câmara ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). "Tem que reorganizar a Casa. Está uma esculhambação”, escreveu Lira em um grupo de mensagens com os integrantes de seu partido na Câmara. Em resposta às críticas feitas pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre sua condução na votação de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a presidência da Casa não é "ferramenta de revanchismo". Fim da escala 6x1 Boulos durante posse como ministro no dia 29 de outubro de 2025. Ricardo Stuckert/PR O ministro Guilherme Boulos afirmou que o governo do presidente Lula vê como urgência o fim da escala de trabalho 6x1. O governo diz que apoiará uma proposta do Congresso que tenha uma tramitação rápida e segura juridicamente e que atenda a três critérios considerados inegociáveis: escala máxima de 5x2, jornada máxima de 40 horas semanais e a implementação dessas medidas sem redução salarial. "Os trabalhadores brasileiros têm urgência de acabar com a escala 6x1 e o presidente Lula é sensível a essa urgência. Essa é uma reivindicação, um grito justo e legítimo dos trabalhadores: dois dias de descanso, pelo menos, por semana", disse Boulos. "Os países que reduziram jornada não só para 5x2, em alguns casos para 4x3, em todos os casos [houve] aumento de produtividade, por razões óbvias. O trabalhador não está exausto, não está no burnout, ele produz mais. Em muitos casos aumentou, o faturamento das empresas. Você tem uma jornada no Brasil que é extremamente alta, com um ganho baixo", completou A Câmara dos Deputados e o Senado reúnem uma série de propostas que tratam do tema. Nenhuma delas, no entanto, avançou à fase de votação. A resistência e as divergências em torno do assunto levaram ministros palacianos a entrar diretamente nas negociações. Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma proposta de emenda à Constituição que reduz a jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais. Atualmente o limite da jornada é de 44 horas por semana. A PEC prevê o fim da chamada escala 6x1. Travada há dez anos na Casa, a proposta ganhou fôlego após manifestações e uma mobilização popular, que já reuniu mais de 1,5 milhão de assinaturas a favor do texto. Em um rito mais demorado, a Câmara também discute uma PEC semelhante. Também está na Câmara um projeto de lei de relatoria do deputado Leo Prates (PDT-BA), que propõe o fim da escala 6x1 e defende uma jornada de trabalho 5x2, com limite de 40 horas semanais. Membros do governo afirmam que, diante do plano, o projeto relatado por Prates, que aguarda análise na Comissão de Trabalho da Câmara, ganha apoio do Planalto. 🔎O texto será discutido pela Casa em um rito que permite que a discussão seja encerrada diretamente nas comissões e sem votação no plenário, desde que não haja recurso para isso. O parecer de Léo Prates propõe mudar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para estabelecer uma nova jornada máxima de trabalho, reduzindo o limite de 44 horas para 40 horas semanais, em uma transição até 2028

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/12/12/boulos-evita-atacar-motta-mas-diz-que-pautar-pl-da-dosimetria-foi-erro-grave-camara-de-costas-para-o-povo.ghtml


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