Deputados revogam prisão do presidente da Alerj; decisão final é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo

  • 08/12/2025
(Foto: Reprodução)
Deputados do Rio de Janeiro revogaram nesta segunda-feira (8) a prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa. Ele está na cadeia porque é suspeito de vazar informações de uma operação da Polícia Federal para ajudar um ex-deputado. Esse ex-deputado teria ligações com o Comando Vermelho. A decisão de soltar o presidente foi no plenário da Assembleia: 65 parlamentares votaram: 42, a favor de Rodrigo Bacellar. Cercada por muita expectativa, a sessão convocada para votar a resolução que revogava a prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, do União Brasil, começou por volta das 15h. Seis parlamentares foram escolhidos para falar na tribuna. Três aliados defenderam a soltura de Bacellar. "É para prender por 'achismo', tem um monte de deputado aqui que vai para o ralo. Aí eu quero ver o que vai acontecer. Pode acontecer com qualquer um de vocês, senhores", diz a deputada Índia Armelau, do PL. Já os de oposição queriam a manutenção da prisão e o avanço das investigações da Polícia Federal. "O que é melhor para o estado do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado é a manutenção da prisão cautelar do presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar", diz o deputado Flávio Serafini, do PSOL. Às 17h, o presidente da sessão anunciou o resultado final: entre os 65 deputados presentes, 42 votaram a favor, 21 contra e dois se abstiveram. Por seis votos a mais que os 36 necessários, o plenário da Casa decidiu pela liberação de Rodrigo Bacellar. Foram intensas as negociações para a votação desta segunda-feira (8). Antes de ser preso, Rodrigo Bacellar ostentava grande prestígio entre os colegas, tendo sido eleito por unanimidade, com todos os 69 votos da Casa, na eleição para presidente da Alerj, em fevereiro de 2025. Bacellar está preso desde quarta-feira (3), suspeito de vazar informações sobre a operação que prendeu o ex-parlamentar TH Joias. Um dia antes, TH retirou da casa dele tudo que pudesse ser comprometedor, segundo a Polícia Federal. Ainda de acordo com as investigações, TH Joias usava o mandato para lavar dinheiro do tráfico e negociar armas para o Comando Vermelho. Ele nega as acusações. Deputados revogam prisão do presidente da Alerj; decisão final é do ministro Alexandre de Moraes, do STF Jornal Nacional/ Reprodução Bacellar foi preso dentro da sede da Polícia Federal no Rio, para onde tinha sido chamado para uma reunião com o superintendente. No carro do deputado, policiais encontraram R$ 90 mil em dinheiro vivo. No domingo (7), o Fantástico mostrou trechos do depoimento de Bacellar. Delegado da PF: O senhor possuía alguma relação prévia de amizade ou relação íntima com o deputado TH Joias? Rodrigo Bacellar: Nunca, nunca o tinha visto na vida. Nunca. Delegado da PF: E depois que ele assumiu o mandato, o senhor construiu essa relação? O senhor tem... Rodrigo Bacellar: Construí uma relação natural. Eu sou presidente do Parlamento. Tenho que atender todos indistintamente, independente. Delegado da PF: Não, eu digo de natureza pessoal ou se houve ali... Rodrigo Bacellar: Só profissionais e só naquele âmbito ali da Assembleia. Mensagens encontradas no celular de TH Joias mostram uma relação diferente. Dois de setembro, véspera da operação. O ex-parlamentar encaminha um vídeo com peças de picanha guardadas em geladeiras e congeladores. "Não estou aqui para entregar colega. Não estou aqui para proteger colega também que faz nada errado. Eu confesso até que me assustei. Eu achei que era um ato de impertinência dele me ligar de um telefone que eu não tinha. E só falei isso com ele: 'Você está doido'. Repito: eu não sabia a operação para quem era e, graças a Deus, inclusive, a operação foi para ele, que foi preso", disse Rodrigo Bacellar em depoimento. Sobre os R$ 90 mil encontrados no carro, Bacellar preferiu não responder. Delegado da PF: Qual era a destinação desses valores? Rodrigo Bacellar: Eu vou me reservar ao direito de apresentar depois a comprovação. O pedido de prisão preventiva de Bacellar partiu do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele afirmou que "os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos", que "Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual". Moraes disse ainda haver "fortes indícios" de que o presidente da Alerj participa de uma organização criminosa com profunda infiltração no poder público fluminense e que existe um verdadeiro estado paralelo, capitaneado pelos capos da política que, nos bastidores, vazam informações que inviabilizam o sucesso de operações contra facções criminosas violentas, a exemplo do Comando Vermelho. O resultado da votação na Assembleia agora será oficialmente remetido ao STF - Supremo Tribunal Federal. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes determinar também a soltura de Rodrigo Bacellar. Apesar da decisão favorável do plenário, a expectativa entre os deputados é de que Bacellar siga afastado da presidência da Casa. LEIA TAMBÉM Plenário da Alerj decide revogar prisão de Bacellar Alerj decide revogar prisão de Rodrigo Bacellar: como votaram deputados e partidos Quando Bacellar será solto? Veja os próximos passos após Alerj aprovar revogação da prisão

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/08/deputados-revogam-prisao-do-presidente-da-alerj-decisao-final-e-do-ministro-alexandre-de-moraes-do-stf.ghtml


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