Dia da Prematuridade: mãe de bebê que viajou em incubadora improvisada comemora superação: 'melhor presente'
Bebê prematura de 1 kg viaja por oito horas em incubadora feita com bacia de plástico
"Ela vai para a escolinha, brinca com os amigos, é saudável e feliz", disse a mãe de Elisa Vitória, bebê que nasceu com 25 semanas de gestação e viajou por cerca de oito horas em incubadora improvisada com uma vasilha de plástico em 2022, no Piauí. Hoje, a menina tem três anos.
Entre janeiro e novembro de 2025, o Piauí registrou 4.305 nascimentos prematuros, bebês com menos de 37 semanas de gestação, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Os dados reforçam a importância das campanhas de conscientização, especialmente nesta segunda-feira (17), Dia Mundial da Prematuridade.
"Vejo como um milagre. Foi um sufoco muito grande e ver ela saudável é o melhor presente. A Elisa não teve nenhuma sequela e vive como uma criança normal", completou a mãe.
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Elisa Vitória nasceu prematura e viajou em uma incubadora improvisada em 2022, no Piauí
Reprodução
Flávia relembrou ao g1 os momentos de tensão em abril de 2022, quando deu à luz em casa, em Baixa Grande do Ribeiro, com a ajuda do filho de seis anos. Ela acreditava estar sofrendo um aborto e, após horas de dor, pensou que a bebê havia nascido sem vida.
"Quando deu 19h eu tive a Elisa, em pé mesmo, e nesse momento uma vizinha entrou na minha casa e me ajudou a segurar a neném. Eu não conseguia nem olhar pra ela, pois achava que ela estava morta", contou Flávia na época.
Incubadora improvisada
Para garantir a sobrevivência da recém-nascida de apenas 1kg, médicos do Hospital Milton Reis improvisaram uma incubadora com uma vasilha de plástico. O recipiente recebeu furos para ventilação e um tubo de oxigênio. O trajeto foi de aproximadamente 600 km
"Foi feita essa adaptação, com a retirada de um espaço para que o tubo saísse, se colocou o oxigênio aí, garantindo que ela ficasse com a respiração mantida até chegar em Teresina", informou o médico Rhuan Serra, que atendeu a menina.
A bebê também foi enrolada em papel alumínio e cobertores para manter a temperatura. Flávia viajou cerca de 600 km até Teresina, em um trajeto de oito horas. A tia da jovem acompanhou parte do percurso, mas não pôde permanecer como acompanhante.
Mãe e filha receberam alta após 56 dias de internação.
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