Documentos revelam alerta interno do Rioprevidência sobre risco de investir no Banco Master; MP apura

  • 18/11/2025
(Foto: Reprodução)
Documentos revelam alerta interno do Rioprevidência sobre risco de investir no Banco Master O Rioprevidência vinha sendo alertado há mais de um ano para a insegurança de investir dinheiro no Banco Master. E documentos obtidos pelo RJ2 mostram que o próprio fundo de previdência social do estado do Rio já temia pelo colapso do banco e estudava planos para lidar com a situação caso ela se concretizasse. O Banco Central decretou nesta terça-feira (18) a liquidação extrajudicial do Banco Master, encerrando as atividades da instituição por falta de condições para operar. As suspeitas investigadas pela Polícia Federal incluem organização criminosa e gestão fraudulenta. O presidente da instituição, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal. O Conselho Fiscal do Rioprevidência, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) já haviam alertado para os riscos dos investimentos do fundo no Banco Master. Mesmo com os avisos, o Rioprevidência manteve aplicações milionárias, que agora estão ameaçadas após a liquidação do banco. O fundo investiu R$ 960 milhões em letras financeiras do banco. O Banco Master vendia títulos de crédito prometendo taxas acima do mercado. Segundo as investigações, parte do dinheiro foi aplicado em ativos que não existiam, e esses títulos foram revendidos para outros bancos. Apenas investidores com até R$ 250 mil têm garantia de receber o valor integral pelo Fundo Garantidor de Créditos. Quem investiu acima desse valor, como o Rioprevidência, pode demorar a reaver o dinheiro. O presidente do Conselho Fiscal do RioPrevidência, Vinicius Zanata, afirmou que alertou para a insegurança dos investimentos no Banco Master em outubro de 2024, recomendando a revisão das aplicações. O TCE-RJ também fez alertas formais em maio e, em outubro, proibiu novos investimentos ligados ao banco. Até julho, o fundo já havia aportado R$ 2,6 bilhões em instrumentos financeiros administrados pelo conglomerado Master. Um ofício enviado pelo Rioprevidência ao Banco Master, em outubro, mostrou a preocupação do fundo e o pedido de uma reunião para buscar uma solução rápida e preservar o patrimônio dos servidores. Outro documento inédito revela a intenção de contratar uma assessoria técnica para mitigar riscos financeiros e regulatórios, já prevendo a possibilidade de eventos extraordinários que pudessem afetar as operações do banco. O diretor-presidente do Rioprevidência, Deivis Marcon Antunes, foi procurado, mas não quis gravar entrevista. Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo Em nota, o fundo informou que o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, sem risco para os segurados, e que o valor investido no Banco Master é inferior à folha mensal paga aos beneficiários, atualmente de R$ 1,9 bilhão, custeada em grande parte pelos royalties do petróleo. Em nota, o fundo informou que o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, sem risco para os segurados, e que o valor investido no Banco Master é inferior à folha mensal paga aos beneficiários, atualmente de R$ 1,9 bilhão, custeada em grande parte pelos royalties do petróleo. O Estado do Rio de Janeiro tem hoje 242 mil aposentados e pensionistas. O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL), que presidiu a CPI do Rioprevidência, acionou o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para que a investigação criminal inclua a gestão do fundo. MP investiga O Ministério Público do Estado também já havia sido acionado pelo deputado Luiz Paulo (PSD) e abriu um inquérito, em outubro, para apurar o caso. "Conforme os elementos iniciais, a autarquia teria aplicado aproximadamente R$ 960 milhões, cerca de 10% do patrimônio do fundo, em Letras Financeiras emitidas pelo Banco Master, operação que motivou questionamentos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) quanto à legalidade e à observância dos princípios de segurança, proteção e prudência financeira", diz o MP. "O procedimento do GAESF/MPRJ busca esclarecer a política de investimentos e gestão de riscos vigente à época das operações, os processos internos de aprovação e responsáveis pelas decisões, as condições das aplicações e eventuais intermediários, bem como a conformidade com normas previdenciárias e regulatórias", acrescenta a nota. Sede do Rioprevidência Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/18/documentos-revelam-alerta-interno-do-rioprevidencia-sobre-risco-de-investir-no-banco-master-mp-apura.ghtml


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