Dólar abre em alta com mercado atento a falas do Fed, Trump e cenário político no Brasil
17/12/2025
(Foto: Reprodução) Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (17) em alta, subindo 0,83% na abertura, aos R$ 5,5080. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Os mercados operaram com atenção voltada a fatores políticos e discursos de autoridades, em um dia de poucos indicadores na agenda doméstica. Falas do Federal Reserve, declarações de Donald Trump e uma nova pesquisa eleitoral no Brasil ajudam a moldar o humor dos investidores.
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▶️ No cenário internacional, Donald Trump deve se pronunciar à noite em sua rede social. A fala ganha peso adicional diante do aumento das tensões envolvendo a Venezuela.
▶️ Na véspera, ele afirmou que a Venezuela estaria “completamente cercada” e determinou um bloqueio total a petroleiros sancionados que entram ou saem do país. O presidente americano também acusou o governo venezuelano de se apropriar de petróleo e terras dos EUA.
▶️ Com a agenda local esvaziada, investidores concentram o foco nos pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve ao longo do dia. Christopher Waller fala pela manhã, seguido por John Williams e Raphael Bostic, em busca de sinais sobre os rumos da economia americana.
▶️ No Brasil, uma nova pesquisa eleitoral passou a influenciar os mercados, à medida que a corrida presidencial de 2026 entra no radar dos investidores. O levantamento mostrou Lula na liderança, seguido por Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
▶️ Em meio à repercussão política, o Ibovespa recuou 2,4% na terça-feira, encerrando uma sequência de quatro altas seguidas. O índice chegou a cair para 158.577 pontos após tocar a máxima do dia acima dos 162 mil.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
💲Dólar
a
Acumulado da semana: +0,96%;
Acumulado do mês: +2,39%;
Acumulado do ano: -11,61%.
📈Ibovespa
C
Acumulado da semana: -1,36%;
Acumulado do mês: -0,31%;
Acumulado do ano: +31,84%.
Pesquisa Quaest
Segundo analistas, a queda da Bolsa brasileira nesta terça-feira acontece por causa de uma combinação de fatores políticos e econômicos, que deixou os investidores mais preocupados e menos dispostos a comprar ações.
No campo político, os investidores reagiram mal à divulgação da pesquisa Quaest, que mostrou o atual governo mais fortalecido, com chances de reeleição, e uma oposição mais dividida.
Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o resultado fez boa parte do mercado preferir a venda de ações, passaram a pedir juros mais altos para comprar títulos do governo e buscaram proteção no dólar.
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street caíam na abertura desta terça-feira depois que os dados sinalizaram o esfriamento da economia dos Estados Unidos, abrindo caminho para mais afrouxamento monetário pelo Federal Reserve no próximo ano.
O Dow Jones Industrial Average caía 0,08% na abertura, para 48.380,17 pontos. O S&P 500 recuava 0,24%, a 6.800,12 pontos, enquanto a Nasdaq Composite tinha queda de 0,33%, para 22.981,819 pontos.
As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço.
Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%.
Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa.
Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta.
No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o Nikkei 1,6%, a 49.373 pontos.
Outros mercados também tiveram baixa: Seul (-2,24%), Taiwan (-1,19%) e Cingapura (-0,20%).
Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
*Com informações da agência de notícias Reuters