Em uma semana, mais de 270 mil pessoas se cadastraram na ferramenta do Banco Central que reforça proteção contra fraudes
08/12/2025
(Foto: Reprodução) Ferramenta do Banco Central livra mais de onze mil pessoas de golpes
270 mil pessoas se cadastraram no Protege+, uma novidade tecnológico do Banco Central contra fraudes.
A papelada toda são as provas das ações dos golpistas: empréstimos, transferências bancárias e até abertura de conta em um banco que a aposentada Vânia Lúcia Bittecourt nem sabia da existência.
"O prejuízo está em torno de, assim, se for calcular hoje já passou de R$ 20 mil, entendeu? Eu não esperava que iria cair em um golpe tão, assim, sabe, tão ardiloso”, diz.
A auxiliar de cozinha Edilaine Evangelista do Nascimento também foi enganada. Uma golpista usou os documentos dela para fazer vários empréstimos.
"O primeiro empréstimo no valor de R$ 38 mil, segundo de R$ 5 mil e terceiro de R$ 1,8mil, R$ 1,9 mil. Está descontando empréstimo todo mês, recebo R$ 600 do governo e eu não posso fazer nada”, conta.
Uma ferramenta do Banco Central, que começou a funcionar no dia 1º de dezembro, livrou mais de 11 mil pessoas de golpes assim. Quem se cadastra no Protege+ informa ao Banco Central que quer bloquear a abertura de contas novas em seu nome.
"A partir do momento que é ativada, a proteção do BC Protege+, quando as instituições financeiras consultarem seu determinado CPF, se o seu CPF tem intenção de abrir uma conta e retornar 'não', a obrigação daquela instituição financeira é de não fazer a abertura dessa conta”, explica Izabela Correa, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
No site do Banco Central, vá em Meu BC. Faça o login por meio da conta gov.br. É preciso ter uma conta nível prata ou ouro. Entre com CPF, senha e duplo fator de autenticação. Localize o serviço BC Protege+ à direita e ative a proteção.
A adesão à ferramenta é opcional. Ela é uma camada extra de proteção e deve ajudar a diminuir os golpes, mas não retira a responsabilidade de cada instituição financeira pela segurança dos seus produtos e serviços.
"Infelizmente, os consumidores – principalmente os idosos – são alvos de estelionatários criminosos. Então, é muito importante porque essa ferramenta vai ser uma camada a mais de proteção. Mas também devemos ressaltar que isso não retira a responsabilidade da instituição financeira para a segurança dos seus produtos e serviços”, afirma a advogada Lillian Salgado.
Ferramenta do Banco Central livra mais de onze mil pessoas de golpes
Reprodução/TV Globo
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