Ex-companheira de professora encontrada morta na Zona Sul de SP depõe à polícia
02/05/2025
(Foto: Reprodução) Corpo de Fernanda Bonin foi encontrado com sinais de estrangulamento. Ex-companheira depôs por horas nesta sexta. Delegacia tenta identificar quem a matou. Polícia passa a investigar como homicídio o caso da professora encontrada morta com cadarço no pescoço após desaparecer em SP
A ex-companheira da professora que foi encontrada morta na segunda-feira (28) em um terreno baldio na Zona Sul de São Paulo depôs por horas à polícia nesta sexta-feira (2).
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apura se o caso foi de assassinato. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investiga se o crime foi de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. O celular e o carro dela sumiram
Fernanda Fazio começou o depoimento relatando como se encontraria com a ex-companheira, Fernanda Bonin, no dia em que ela foi morta. Em seguida, passou a ser questionada pelos investigadores sobre alguns pontos do caso.
Também nesta sexta, uma nova equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o grupo de Perfilamento Criminal, foi acionado para atuar na investigação.
Essa equipe trabalha com técnicas de observação e análise comportamental para auxiliar na identificação do autor do crime. Além de traçar o perfil psicológico do suspeito, o grupo também estuda o perfil da vítima, o que pode ajudar a esclarecer possíveis motivações.
O time é formado por profissionais especializados, como delegados, investigadores, psicólogos, peritos, advogados criminalistas, criminólogos e fotógrafos forenses, todos com experiência em cenas de crime complexas.
Como foi o crime
Câmeras de segurança mostram que a professora havia saído sozinha de carro do prédio onde morava na Zona Oeste, no dia anterior. A equipe de reportagem teve acesso às imagens que estão sendo analisadas pela Polícia Civil (veja vídeo acima).
A vítima desapareceu no domingo (27) após deixar o apartamento. Depois não foi mais vista.
O corpo de dela foi achado com uma corda no pescoço. Peritos da Polícia Técnico-Científica trabalham com a hipótese de que ela pode ter sido asfixiada. (saiba mais abaixo).
As imagens das câmeras do prédio onde Fernanda residia mostram ela no elevador do prédio por volta das 18h50. Em seguida, aparece o carro dela, um Hyundai Tucson prata, deixando a garagem e saindo do condomínio.
Carro e celular sumiram
Câmeras de segurança gravaram Fernanda Bonin no elevador do prédio e saindo sozinha de carro em São Paulo
Reprodução
Tanto o automóvel quanto o celular de Fernanda não foram encontrados com a vítima. A professora estava com sinais de estrangulamento pelo corpo. Ela tinha 42 anos. O caso chegou ser registrado na polícia como latrocínio, mas depois passou a ser investigado também se ocorreu um homicídio.
De acordo com policiais, Fernanda havia deixado o apartamento na noite de domingo para socorrer sua ex-companheira na Zona Oeste da cidade. A ex-companheiro contou na polícia que ligou para a professora pedindo ajuda porque seu automóvel estava parado com problemas mecânicos na Avenida Jaguaré.
Ainda segundo a ex-companheira de Fernanda, nesse período, o seu veículo voltou a funcionar e ela seguiu para a casa da professora, no Jaguaré, Zona Oeste, mas não a encontrou.
Os policiais informaram que Fernanda não chegou ao local onde a ex-companheira Fernanda havia dito que estava antes. A professora também não voltou para casa. E no dia seguinte nem compareceu ao trabalho, numa escola particular de alto padrão na Zona Sul.
Desaparecimento
Polícia investiga morte de professora em São Paulo
A ex-companheira então procurou a polícia para comunicar o sumiço de Fernanda. Na manhã de segunda-feira (28), a Polícia Militar (PM) encontrou o corpo da professora em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos, na Avenida João Paulo da Silva, na Zona Sul de São Paulo.
A vítima era professora de matemática. Ela estava vestida com roupas, deitada, e com um cadarço de calçado enrolado no pescoço.
Quando prestou o primeiro depoimento à polícia, a ex-companheira falou que as duas se casaram há 8 anos, mas estavam separadas desde o ano passado. E que faziam terapia de casal para tentar reatar o relacionamento. Juntas, tiveram dois filhos, que se revezavam entre as mães para ficar na casa de cada uma delas.
O que diz a escola
A professora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi achada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos
TV Globo/Reprodução
Por meio de nota, a Beacon School, onde Fernanda trabalhava como professora, divulgou a seguinte nota:
"A Beacon School está extremamente comovida com a notícia sobre o falecimento da querida professora Fernanda Bonin. Fernanda marcou profundamente a vida de muitos estudantes e colegas com sua dedicação, gentileza e compromisso com a educação, e deixará muita saudade.
É uma notícia que impacta toda nossa comunidade escolar. O desconhecimento sobre a causa da morte deixa a situação ainda mais delicada. Estamos oferecendo todo o apoio necessário às nossas equipes e aos nossos alunos, reforçando as ações para acolher a comunidade escolar neste momento tão doloroso.
Nossos pensamentos estão com a família da Fernanda."