Governo Trump fala em pena de morte para afegão que atirou em militares da Guarda Nacional
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Dois militares baleados perto da Casa Branca, nos Estados Unidos
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, afirmou nesta quinta-feira (27) que, caso que os dois integrantes da Guarda Nacional baleados em Washington não resistam, vai buscar a pena de morte para o responsável pelo ataque.
Em entrevista à emissora americana Fox News, um dia depois do crime, a aliada do presidente Donald Trump revelou que os dois militares sobreviveram à cirurgia a que tiveram que ser submetidos, mas não quis dar detalhes do estado de saúde deles.
E disse que, caso eles não resistam, o imigrante afegão que foi preso após o crime deve enfrentar acusações de terrorismo e sua pena mínima será a prisão perpétua.
"Neste momento, vamos basear as acusações no prognóstico deles. Ambos passaram por cirurgia. Não vou falar sobre o estado de saúde deles agora. Estamos rezando pela recuperação deles, mas, na pior das hipóteses, a pena mínima será prisão perpétua com acusações de terrorismo. Se algo acontecer, eu aviso agora mesmo: faremos tudo ao nosso alcance para buscar a pena de morte contra esse monstro que não deveria estar em nosso país", declarou.
O autor do ataque foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um cidadão afegão que, segundo as autoridades, chegou aos EUA em 2021. Ele também ficou ferido e foi levado para um hospital, segundo as autoridades.
O diretor da CIA, John Ratcliffe, contou que o suspeito trabalhou com "o governo dos EUA, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar" durante a guerra do Afeganistão.
Pam Bondi em entrevista à Fox News
Reprodução
Bondi ainda contou que uma das vítimas era uma "jovem" que havia se voluntariado para trabalhar durante o feriado de Ação de Graças:
“Ela se ofereceu como voluntária, assim como muitos daqueles guardas, para que outras pessoas pudessem estar em casa com suas famílias, mas agora suas famílias estão em quartos de hospital com elas enquanto lutam por suas vidas".
Pouco depois da entrevista da procuradora-geral, Jeanine Pirro, procuradora do Distrito de Columbia, onde está a capital, também se pronunciou. Afirmou que os dois militares baleados estão em "estado crítico" e que o atirador, que também está internado ainda, usou um revólver no ataque.
"As acusações são de três crimes de agressão com intenção de matar. Mas vamos continuar a monitorar para ver quais acusações serão feitas, dependendo da condição dos guardas", ponderou.
O diretor do FBI, Kash Patel, informou que a investigação de terrorismo contra o afegão está em andamento. De acordo com ele, agentes executaram vários mandados de busca, incluindo na residência atual do suspeito, e todas as pessoas encontradas na casa foram interrogadas.
Saiba mais sobre o ataque
Dois integrantes da Guarda Nacional foram baleados e socorridos em estado grave após um ataque nesta quarta-feira (26) perto da Casa Branca, em Washington, D.C.
A sede do governo dos Estados Unidos chegou a ser colocada em “lockdown” e o presidente dos EUA, Donald Trump, que não estava na capital no momento do crime, afirmou em uma rede social que o atirador é um “animal” que “pagará um preço muito alto”.
Mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional foram enviados a Washington em agosto, depois que Trump assumiu o controle federal da polícia da capital. A medida enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser, que classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes”.
🪖O que é a Guarda Nacional?
A Guarda Nacional é formada por militares da reserva que vivem como civis e são convocados quando necessário. Ela atua em situações de emergência, desastres naturais e missões de segurança. Apesar de ser comandada principalmente pelos estados, pode ser acionada pelo governo federal para operações específicas.
🏛️Por que a Guarda estava em Washington?
A presença atual da Guarda Nacional na capital começou em 11 de agosto de 2025, quando o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva declarando “emergência criminal” em Washington. O decreto permitiu mobilizar soldados para apoiar as forças locais, proteger prédios federais e reforçar o patrulhamento das ruas.
Mais de 2 mil membros da Guarda Nacional foram enviados à capital dos EUA. A medida enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes” e disse que não estava surpresa, considerando a “retórica do passado” de Trump.
Na semana passada, uma juíza federal determinou o fim da operação, mas suspendeu a própria decisão por 21 dias para dar tempo ao governo Trump de retirar as tropas ou recorrer.
📜Papel da Guarda Nacional na área da Casa Branca
A segurança diária da Casa Branca é responsabilidade do Serviço Secreto, que controla acessos e protege o presidente. A Guarda Nacional não faz a proteção de rotina do local.
Durante a mobilização federal, porém, passou a atuar no entorno da área, ocupando pontos estratégicos, reforçando a vigilância de vias próximas e oferecendo apoio às autoridades responsáveis pela segurança da região central de Washington.
🚨Como foi o ataque?
Os dois soldados estavam em missão de patrulhamento quando foram atacados. A região foi isolada após os tiros, e equipes de segurança reforçaram os bloqueios próximos à Casa Branca. As investigações continuam para determinar a motivação e as circunstâncias do crime.
Trump não estava na Casa Branca no momento do ataque. Ele deixou Washington na noite de terça-feira e viajou para a Flórida, onde deve passar o feriado de Ação de Graças. O vice-presidente J.D. Vance também não está na cidade.
Em uma rede social, Trump chamou o atirador de “animal” e disse que os militares foram socorridos em estado grave. Segundo ele, o autor dos disparos ficou gravemente ferido e “pagará um preço muito alto” pelo ataque.
Ataque aconteceu próximo da Casa Branca
Juan Silva/Arte g1