Índia e Paquistão concordam com cessar-fogo

  • 10/05/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo as autoridades paquistanesas, cinco civis morreram e outros 29 ficaram feridos após um bombardeio indiano nesta sexta-feira (9). Já o exército indiano informou que o Paquistão atacou a região com bombas e drones. Por que a Índia atacou o Paquistão? O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (10) que Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo "completo e imediato". O governo paquistanês confirmou a informação. "Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO COMPLETO E IMEDIATO. Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e grande inteligência," disse Trump, em uma postagem no Truth Social. Os dois países viveram uma escalada de tensão na última semana e protagonizaram os confrontos mais violentos em 20 anos entre as potências nucleares vizinhas. A tensão explodiu em 22 de abril, com um atentado na cidade turística de Pahalgam, na parte da Caxemira administrada pela Índia— 26 pessoas morreram, a maioria, hindus. Veja os últimos desdobramentos: Na sexta-feira (9), a Índia prosseguiu com os ataques contra o Paquistão, na fronteira da disputada região da Caxemira. Segundo as autoridades paquistanesas, cinco civis morreram e outros 29 ficaram feridos após um bombardeio indiano. Os balanços mais recentes divulgados pelas duas partes apontam que as hostilidades provocaram pelo menos 49 mortes de civis — 36 do lado paquistanês e 13 do lado indiano. No mesmo dia, o exército indiano informou que o Paquistão atacou a região com bombas e drones. Parte danificada de uma mesquita em Muridke, no Paquistão, após ter sido atingida por um ataque indiano REUTERS/Gibran Peshimam Entenda o conflito A região de maioria muçulmana está dividida entre os dois países desde a independência do Reino Unido, em 1947, e é cenário de um movimento de insurgência que pede a independência ou anexação ao Paquistão. A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos insurgentes e vincula o ataque do dia 22 de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), radicado no país e designado como terrorista pela ONU. Na última quarta-feira, o Exército indiano anunciou que havia destruído nove "acampamentos terroristas" no Paquistão, com "ataques aéreos de precisão" na Caxemira e na região fronteiriça de Punjab, onde moram mais da metade dos 240 milhões de habitantes do país vizinho. Autoridades da Índia evacuam moradores que vivem perto da fronteira com o Paquistão, em Suchetgarh REUTERS/Stringer Pouco depois dos bombardeios, os exércitos iniciaram um fogo cruzado ao longo da fronteira na Caxemira que, segundo as Forças Armadas indianas, prosseguiu até sexta (9). "O exército paquistanês efetuou disparos não provocados com armas pequenas e artilharia, aos quais o exército indiano respondeu de forma proporcional", afirma um comunicado militar de Nova Déli. "Vamos vingar até a última gota de sangue dos mártires", prometeu, na noite desta quarta-feira, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif. As Forças Armadas do Paquistão reivindicaram na véspera a derrubada de cinco caças de combate indianos na parte da Caxemira administrada por Nova Délhi. As autoridades indianas não confirmaram oficialmente as perdas, mas uma fonte das forças de segurança, que pediu anonimato, informou à AFP que três aviões militares caíram em seu território. O bombardeio mais letal da aviação indiana atingiu um centro de estudos islâmico perto da cidade de Bahawalpur, na região de Punjab. Segundo o exército paquistanês, 13 pessoas morreram no local. LEIA TAMBÉM: Tensão na Caxemira: Índia é mais poderosa, mas Paquistão tem laços estreitos com a China; entenda Em conflito, Índia e Paquistão são potências nucleares, mas chance de uso no conflito atual é baixa, dizem especialistas Pedidos de moderação Índia e Paquistão já travaram diversas guerras desde a divisão e independência dos domínios britânicos no subcontinente indiano. Após essa escalada no conflito entre os dois países, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Reino Unido e França fizeram apelos por moderação. "Quero que as hostilidades parem", havia declarado Trump, na última semana. "O mundo não pode se permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão", alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres. O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu a mediação de seu país para apoiar uma aproximação entre os dois países. O conflito não se limita ao terreno militar. Horas antes dos bombardeios, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que seu governo interromperia o fluxo de água de seus rios para o Paquistão. Islamabad respondeu que consideraria a medida como "um ato de guerra".

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/05/10/trump-india-e-paquistao.ghtml


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