Integrantes de facção suspeitos de envolvimento em homicídio de albergado são presos em Boa Vista
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Suspeitos são integrantes de uma facção criminosa que atua em Boa Vista e foram presos pela Polícia Civil.
PCRR/Divulgação
Dois jovens, de 23 e 22 anos, foram presos em flagrante pela Polícia Civil suspeitos de participarem do homicídio do albergado Weslee de Almeida Veras, de 32 anos, assassinado a tiros em Boa Vista. Os suspeitos foram detidos durante a Operação Kairós, deflagrada nessa terça-feira (18), e são integrantes de uma facção criminosa que atua na capital.
Weslee foi morto na tarde de segunda-feira (17) no bairro Canaã, na zona Oeste. Ele usava uma tornozeleira eletrônica e estava trabalhando quando foi atingido por ao menos sete disparos.
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Os dois suspeitos estavam escondidos em uma casa no bairro João de Barro, na zona Oeste. No local, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380, drogas, balança de precisão, um colete balístico, celulares e um gol cinza. A suspeita é de que o carro e a arma tenham sido os usados no assassinato.
De acordo com o delegado Matheus Fraga, titular do 3º Distrito Policial, a investigação que resultou na operação começou no dia 15 de novembro, dois dias antes do homicídio, quando a polícia recebeu denúncias sobre disparos de arma de fogo em uma rua no bairro Nova Cidade, também na zona Oeste.
Os suspeitos eram dois homens conhecidos pela polícia: um identificado como “Rodriguinho da Vovó Metralha”, que possuí mandado de prisão por homicídio, e “Casca de Bala”, foragido da Penitenciaria Agrícola do Monte Cristo (Pamc) desde outubro. Eles não foram presos na operação.
Carros usados pelos suspeitos para cometer crimes em Boa Vista.
PCRR/Divulgação
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As denúncias indicavam que Rodriguinho e Casca de Bala estavam escondidos em uma casa no bairro João de Barro, onde estavam armas, drogas e um carro usado para cometer crimes. Testemunhas relataram que os disparos feitos na rua eram uma espécie de “comemoração” por “bons resultados” em ações criminosas.
“A partir dessas denúncias, iniciamos imediatamente o monitoramento e a coleta de dados para identificar o esconderijo e a rotina dos suspeitos”, relatou Matheus Fraga.
As buscas, segundo o delegado, se intensificaram na segunda, poucas horas antes do homicídio. As equipes estavam em campo, investigando a denúncia de disparos nas ruas, quando Weslee Veras foi assassinado.
A Delegacia Geral de Homicídios (DGH) foi ao local do crime e iniciou os primeiros levantamentos. Paralelamente, agentes do 3º DP avançavam no monitoramento dos investigados pelos disparos nas ruas e confirmaram a ligação deles com os dois crimes.
As informações das duas equipes coincidiram com o relato de que o homicídio havia sido cometido por ocupantes de um gol cinza, o mesmo veículo já associado aos investigados pelos disparos.
“Essas informações convergiram e reforçaram nossa suspeita de que os alvos iniciais poderiam estar envolvidos também no homicídio. Já estávamos no encalço deles quando o crime ocorreu”, explicou o delegado Matheus Fraga, destacando que o resultado da operação foi uma coincidência operacional.
Prisão
Suspeitos estavam escondidos em uma casa no bairro João de Barro, na zona Oeste de Boa Vista.
PCRR/Divulgação
A casa onde os dois jovens foram presos foi localizada na madrugada dessa terça-feira (18). Na manhã do mesmo dia, agentes da Polícia Civil fizeram a incursão no imóvel. Após as buscas, o material apreendido e os indícios colhidos confirmaram a participação da dupla no homicídio.
Os dois foram autuados por homicídio qualificado, tráfico de drogas e organização criminosa. O flagrante foi lavrado pelo delegado João Evangelista, titular da DGH. Eles devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (19).
“A partir das provas e do material encontrado, confirmamos o envolvimento direto dos dois conduzidos. Com as informações da DGH confirmamos a participação dos dois no homicídio e foi formalizada a prisão”, explicou o delegado Matheus Fraga.
Os dois principais investigados, “Rodriguinho da Vovó Metralha” e “Casca de Bala”, continuam foragidos. A Polícia Civil afirma que as buscas seguem e que uma quinta pessoa pode ter participado do crime.
O nome da operação foi escolhido por representar, na tradição grega, “o momento oportuno” ou “o instante certo”. Segundo a Polícia Civil, ele representa a atuação rápida da equipe, que começou a investigar antes do homicídio e, no dia seguinte, conseguiu identificar, localizar e prender dois suspeitos.
Celulares, coleste balístico, arma e drogas apreendidas durante a Operação Kairós.
PCRR/Divulgação
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