Moradora de Aracruz é investigada em esquema de venda ilegal de remédio abortivo no ES e em outros 7 estados

  • 09/12/2025
(Foto: Reprodução)
Operação contra tráfico de medicamentos para aborto cumpre mandados em Aracruz A Polícia Civil investiga a participação de uma moradora de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, em um esquema interestadual de venda ilegal de misoprostol, medicamento de uso controlado e proibido para gestantes, e de orientação remota para a realização de abortos clandestinos. A suspeita, de 19 anos, foi alvo de busca e apreensão na casa onde mora, no bairro São Marcou, durante a Operação Aurora, deflagrada nesta segunda-feira (8) no Espírito Santo e em outros sete estados. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado Ricardo Barbosa, disse que a suspeita era responsável pela administração de um grupo de conversas usado na venda do medicamento. "Durante as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, verificou-se que havia uma pessoa responsável pela venda e comercialização dos produtos proibidos para gestantes que residiam na cidade de Aracruz", afirmou Barbosa. De acordo com o delegado, o grupo operava como uma rede de atendimento clandestino para mulheres que buscavam interromper a gestação. Segundo a investigação, mais de 250 mulheres faziam parte de um grupo usado no esquema. Operação contra tráfico de medicamentos para aborto cumpre mandado de busca e apreensão em Aracruz, Espírito Santo Divulgação/PCES LEIA TAMBÉM: INCONSTITUCIONAL: Justiça suspende lei que prevê placas antiaborto em hospitais e unidades de saúde de Vitória CINCO CASOS POR MÊS: Quase 100 abortos legais foram feitos em 1,5 ano no ES; 'É um direito, não é uma prática que vai contra a lei', diz especialista "Inicialmente, a organização disponibiliza em redes sociais chamados a mulheres que precisavam de ajuda. Essa mulheres acessavam perfis e descobriam do que se tratavam esses convites, que era a comercialização de um produto específico para aborto. Elas passavam por um cadastro, para que a organização tivesse certeza de que elas estavam realmente gestantes, e, contratavam serviços tanto de apoio e assistência para a prática do aborto como a aquisição da medicação para o próprio aborto", explicou o delegado. A suspeita, que não teve a identidade divulgada, foi ouvida e liberada após prestar depoimento. "A atuação dela é de administradora de um grupo de WhatsApp que estava focado na venda desses produtos. Ela tem uma relevância, inclusive na investigação, porque recebe aporte financeiro daquelas pessoas que vendem a medicação", disse Barbosa. A polícia investiga se ela chegou a vender o medicamento para mulheres capixabas. "De acordo com a investigada, não houve venda para mulheres aqui do estado, porém nós achamos um pouco estranho porque ela tem um espectro grande na rede social, então é bem possível que ela tenha feito a venda locais. Dessa busca e apreensão que foi realizada ontem pelas polícias capixaba e gaúcha, é possível que haja novas informações e a partir daí a gente tenha maiores dados sobre a participação de pessoas no estado", completou. Operação contra tráfico de medicamentos para aborto cumpre mandado de busca e apreensão em Aracruz, Espírito Santo Divulgação/PCES Segundo o delegado, a origem do medicamento já é conhecida, mas não será divulgada para não prejudicar as investigações. O delegado lembrou que a prática de aborto somente não é considerada crime no Brasil em três hipóteses, que é em caso de feto anencefálico; quando a gravidez é resultado de estupro; e quando há risco a vida da gestante. Por isso, as mulheres que adquiriram o medicamento também podem responder judicialmente. O delegado Ricardo Barbosa disse que vários crimes podem ser atribuídos aos envolvidos no esquema que vão desde o tráfico de drogas, aborto, falsificar, corromper, adulterar, vender, expor à venda, ter em depósito ou distribuir medicamento sem registro ou de uso restrito e organização criminosa. Operação Aurora A Operação Aurora foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em parceria com a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A força-tarefa ocorreu de forma simultânea em oito estados: Espírito Santo, Paraíba, Goiás, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal. Até o momento, três pessoas foram presas, drogas e celulares também foram apreendidos. As ações da polícia do Rio Grande do Sul ocorreram nos seguintes locais: Paraíba: João Pessoa Goiás: Goiânia e Valparaíso Rio de Janeiro: Nova Iguaçu Espírito Santo: Aracruz Bahia: Irecê e Itaguaçu Minas Gerais: Santos Dumont Brasília: Distrito Federal Investigados por traficar medicamentos e vender 'assessoria' para abortos em grupos na internet são alvos da polícia Polícia Civil/Divulgação A delegada Karoline Calegari, titular da Delegacia de Polícia de Guaíba (RS), explicou que o objetivo é desarticular uma organização criminosa que atuava na venda ilegal de Cytotec (misoprostol) e na orientação remota de mulheres durante procedimentos abortivos. As apurações começaram após uma mulher expelir dois fetos no Hospital Regional de Guaíba, em 2 de abril de 2025, após ingerir misoprostol comprado pela internet com orientação de uma "doutora" que, em determinado momento, deixou de responder às mensagens. A polícia tenta agora esclarecer o papel de cada integrante do grupo e identificar de onde o medicamento é desviado, já que seu uso é restrito a hospitais. As investigações continuam. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

FONTE: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/norte-noroeste-es/noticia/2025/12/09/moradora-de-aracruz-e-investigada-em-esquema-de-venda-ilegal-de-remedio-abortivo-no-es-e-em-outros-7-estados.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Top 5

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

Anunciantes