Motta diz que Glauber Braga desrespeitou a Câmara e que determinou apuração de possíveis excessos contra a imprensa

  • 09/12/2025
Policiais legislativos empurram e derrubam jornalistas ao tirar Glauber Braga do plenário O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que ocupação da cadeira Presidência pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) desrespeita "a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo" e determinou apuração da atuação da conduta da segurança com a imprensa. Braga ocupou a Presidência por pouco mais de duas horas nesta terça-feira (9) em protesto contra a decisão de Motta de pautar para a quarta-feira (10) o pedido de cassação do mandato do deputado do PSOL. Ele foi retirado à força pela Polícia Legislativa da cadeira da Presidência. “A cadeira da Presidência não pertence a mim. Ela pertence à República, pertence à democracia, pertence ao povo brasileiro. E nenhum parlamentar está autorizado a transformar em instrumento de intimidação ou desordem. Deputado pode muito, mas não pode tudo. Na democracia ele pode tudo dentro da lei e dentro do regimento. Fora disso, não é liberdade, é abuso. O presidente da Câmara não é responsável pelos atos que levaram determinadas cassações ao plenário, mas é, sim, responsável por garantir o rito, a ordem e o respeito à instituição”, declarou Motta durante sessão da Câmara. Motta disse que Glauber é “reincidente”, lembrando que Braga já havia ocupado uma comissão por mais de uma semana em greve de fome. Motta disse que os atos do deputado não encontram respaldo no regimento interno nem na “liturgia do cargo”. O presidente da Câmara justificou a ação da Polícia Legislativa para retirar Glauber Braga da Mesa Diretora com base em um ato da própria mesa. "O ato da mesa número 145, em seu artigo 7º, é claro: 'O ingresso, a circulação e a permanência nos edifícios e locais sob responsabilidade da Câmara dos Deputados estarão sujeitos à interrupção ou à suspensão por questão de segurança'", afirmou Motta. Com terno rasgado, Glauber Braga deixa plenário da Câmara após ação da Polícia Legislativa Ao retirar o parlamentar do plenário, a Polícia Legislativa empurrou e derrubou jornalistas, que já haviam sido expulsos do plenário antes que o deputado fosse removido da cadeira da Presidência. A TV Câmara também derrubou do ar o sinal que transmitia a sessão. Houve grande tumulto durante a saída do deputado do plenário. O deputado estava cercado por policiais legislativos, que agiram com truculência para impedir a aproximação da imprensa. Enquanto o deputado se encaminhava falar à imprensa, jornalistas foram empurrados por policiais legislativos. "Determinei ainda a apuração de todo e qualquer excesso cometido quanto à cobertura da imprensa. Minha obrigação é proteger a democracia, do gesto autoritário disfarçado de protesto", disse Motta. Em entrevista após ser removido do plenário, Braga protestou contra como foi retirado e comparou a atuação da Polícia Legislativa à maneira como foi encerrada a ocupação realizada por parlamentares da oposição em agosto. "Eu quero me solidarizar com a imprensa também que foi agredida e que teve o seu trabalho cerceado. Eu estou aqui há bastante tempo, há algum tempo pelo menos. Até hoje não tinha ouvido falar de cortarem o sinal da TV Câmara para que as pessoas não acompanhassem o que estava acontecendo dentro do plenário. A única coisa que eu pedi ao presidente da Câmara, Hugo Motta, foi que ele tivesse 1% do tratamento para comigo que teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora da Câmara por 48 horas por dois dias em associação com um deputado que está nos Estados Unidos conspirando contra o nosso país", afirmou Braga após ser retirado. Veja abaixo a íntegra da manifestação: Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana. O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele. Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político. Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/12/09/motta-diz-que-glauber-braga-desrespeitou-a-camara-e-que-determinou-apuracao-de-possiveis-excessos-contra-a-imprensa.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Top 5

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

Anunciantes