Polícia prende mulher suspeita de incentivar espancamento de criança no interior de SP
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Criança foi amarrada e agredida com socos e chutes em Várzea Paulista (SP)
Reprodução
A mulher de 51 anos suspeita de incentivar e gravar a violência contra uma criança, de 11, que foi amarrada e espancada por adolescentes, foi presa, em Várzea Paulista (SP), na manhã desta quinta-feira (18). A filha dela, de 16 anos, foi apreendida.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) havia pedido a prisão da mulher nesta quarta-feira (17), além disso, também pediu a internação da filha dela, que aparece agredindo o menino no vídeo. A agressão ocorreu na terça-feira (16).
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
Em depoimento à polícia, a mulher alegou que estava arrependida e que a atitude seria coisa de momento. A promotora criminal Julia Alves Camargo destacou os motivos para o pedido de prisão.
"A gravidade daquela conduta, obviamente que aquela tortura, aquelas cenas de barbárie são horríveis, mas o fato de divulgar, trazer aquilo para a sociedade, de que aquilo vai ficar impune, de que aquilo deve ser feito, fazendo uma apologia ao crime, incitando as pessoas ao consentimento de uma violência, de uma barbárie contra uma criança, isso não é tolerado pelo Ministério Público, por isso, nós pedimos a decretação da prisão preventiva dela", afirma.
A Polícia Civil investiga o caso como tortura. O menino e a família dele não foram localizados.
Relembre o caso
Um menino de 11 anos foi amarrado em um poste e agredido com chutes e socos na terça-feira (16). A ação foi registrada em um vídeo que circulou pelas redes sociais.
A Polícia Civil recebeu as imagens que mostram a vítima com as mãos amarradas para trás, enquanto duas pessoas a agridem com socos, chutes e puxões de cabelo. A mulher que grava o vídeo incentiva a ação.
"Eu não posso bater (...) Está apanhando igual um cachorro. Vocês são de menor, vocês podem bater que eu me responsabilizo", diz a mulher que grava o vídeo.
Um inquérito foi instaurado e o caso é investigado como tortura. Não há informações sobre o estado de saúde da criança.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 271ª Subseção de Várzea Paulista, informou que acompanha a apuração dos fatos por se tratar de um "fato alarmante e de grande clamor social'.
"As imagens e relatos de tamanha brutalidade, torna o fato alarmante e de grande clamor social, haja vista a participação de uma pessoa adulta que deveria prezar pela segurança e bem estar de todos os menores de idade, revelando uma triste falha em nossa estrutura social e familiar na proteção dos mais vulneráveis", diz a nota.
Polícia identifica um dos suspeitos de torturar criança em Várzea Paulista
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM