Robô faz cirurgia delicada na retina com IA e avança rumo a procedimentos oftalmológicos autônomos

  • 18/12/2025
(Foto: Reprodução)
Steady-Hand Eye Robot, uma das versões do equipamento em teste na Johns Hopkins University Divulgação Um robô controlado por inteligência artificial conseguiu realizar, com alto grau de precisão, uma das cirurgias mais delicadas da oftalmologia: a canulação de veias da retina, procedimento associado ao tratamento de trombose ocular e risco de perda de visão. O sistema, desenvolvido por pesquisadores da Johns Hopkins University e descrito em um estudo publicado na revista científica "Science Robotics", foi testado com sucesso em olhos de porcos e representa um avanço importante na automação de microcirurgias oculares. Como funciona a cirurgia feita pelo robô A técnica estudada busca tratar a oclusão da veia da retina, condição que pode levar a complicações graves, como edema macular e cegueira. Hoje, o tratamento padrão envolve injeções frequentes de medicamentos dentro do olho, o que é um processo caro e de risco. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A alternativa analisada no estudo é a canulação direta da veia, com injeção de anticoagulantes no local do coágulo. O desafio está no tamanho: as veias da retina têm cerca de 100 a 250 micrômetros, menores que um fio de cabelo humano. Para enfrentar esse problema, os pesquisadores criaram um sistema autônomo acoplado a um robô cirúrgico chamado Steady-Hand Eye Robot (SHER). O robô usa imagens de microscopia e tomografia OCT para localizar a veia, encostar na parede do vaso, perfurá-lo e retirar a agulha com precisão milimétrica. Segundo os autores, “o sistema elimina limitações humanas como tremores e dificuldade de percepção de profundidade”. O procedimento usa um microneedle para acessar a veia obstruída e injetar o medicamento; o sucesso é indicado pela limpeza do sangue ao microscópio e pela abertura visível na imagem de B-scan. O sistema combina dois robôs de precisão (SHER 2.0 e 2.1) integrados a um OCT intraoperatório para guiar e documentar a cirurgia. Divulgação Resultados animadores e cautela Nos testes com 20 olhos de porcos fixos, o robô teve 90% de sucesso. Em outros 6 olhos submetidos a movimentos simulando a respiração, a taxa foi de 83%. Em ambos os casos, o critério de sucesso foi a entrada correta do líquido na veia, confirmada por imagem. Apesar dos números expressivos, os próprios pesquisadores reforçam que o estudo ainda está longe da aplicação clínica. “Este trabalho representa um passo inicial rumo à tradução clínica, mas novos testes em animais vivos e humanos são necessários”, escrevem os autores. Metodologia: pontos fortes e limitações O estudo foi experimental e observacional, conduzido exclusivamente em olhos de porcos mortos. O sistema combinou três redes neurais treinadas para orientar o movimento da agulha, detectar contato com a veia e confirmar a perfuração correta. O robô operou de forma autônoma após a seleção do alvo pelo operador humano. Entre os pontos fortes estão o alto nível de automação, o uso de imagens em tempo real e a simulação de movimentos fisiológicos. Já as principais limitações incluem a ausência de circulação sanguínea real, o pequeno número de testes e o fato de não envolver pacientes humanos.

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/12/18/robo-faz-cirurgia-delicada-na-retina-com-ia-e-avanca-rumo-a-procedimentos-oftalmologicos-autonomos.ghtml


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