Soldado acusado de matar sargento por carro estacionado: audiência acontece nesta sexta (7)
07/11/2025
(Foto: Reprodução) Sargento da PM-PI é baleado na cabeça durante briga com vizinho na Zona Sul de Teresina
Laísa Mendes
A audiência de instrução e julgamento do soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão, está marcada para esta sexta-feira (7), às 8h30, em Teresina. Ele é réu pelo homicídio doloso qualificado do sargento João de Deus Teixeira dos Santos, da PM do Piauí, morto em novembro de 2024.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, os dois discutiram porque o réu estacionou o carro em frente à casa da vítima. Raimundo afirma que não conhecia o sargento e atirou para se defender.
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⚖️ Essa audiência é a etapa do processo penal em que o juiz, antes de tomar uma decisão sobre o caso, ouve o réu e testemunhas e analisa provas. O homicídio atribuído a Raimundo acontece quando alguém mata outra pessoa intencionalmente, por um motivo insignificante ou desproporcional.
O soldado e as testemunhas devem comparecer presencialmente à audiência, enquanto os advogados podem participar de forma virtual. A etapa será conduzida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.
A audiência vai definir se Raimundo cometeu um crime intencional contra a vida e, portanto, irá a júri popular; se não há indícios suficientes e ele não será julgado pelo júri; se cometeu outro tipo de crime e será julgado por um juiz comum; ou se será absolvido pelo homicídio do sargento.
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Relembre o caso
O crime aconteceu em 5 de novembro de 2024, na porta da casa do sargento João de Deus, no bairro Parque Sul, Zona Sul de Teresina. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a discussão começou devido a um carro estacionado.
O soldado Raimundo teria deixado o veículo em frente à casa do sargento, que encostou o próprio carro no dele. Linhares foi tirar satisfação, os dois começaram a brigar e houve troca de tiros.
O sargento entrou em casa para buscar mais munição, enquanto Raimundo ficou na calçada. Ao retornar, ele foi baleado na cabeça pelo soldado, de acordo com a investigação.
João de Deus foi socorrido e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas morreu seis dias depois, em 11 de novembro.
Raimundo se apresentou à polícia dias após o crime. Em depoimento, alegou que atirou contra o soldado por legítima defesa.
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